Jejum para Doença Renal: Benefícios Surpreendentes

Tempo de leitura: 4 minutos

Jejum para Doença Renal: Benefícios Surpreendentes

O jejum tem ganhado cada vez mais atenção como uma ferramenta potencial para melhorar a saúde, e agora pesquisas recentes sugerem que ele pode ter um impacto significativo na doença renal. Em um vídeo recente, o Dr. Jason Fung, especialista em jejum e saúde metabólica, destacou estudos que mostram como o jejum pode beneficiar pacientes com diferentes tipos de doença renal, incluindo doenças glomerulares, doença renal crônica e até mesmo doença renal policística.

Jejum e Doença Renal Diabética

Um estudo de 2022 trouxe resultados animadores ao demonstrar que o jejum pode ajudar a reverter a doença renal diabética estabelecida. Neste estudo, um curso de seis meses de uma dieta que imita o jejum (conhecida como fasting mimicking diet) foi capaz de reduzir a quantidade de proteína na urina dos participantes, um marcador comum da gravidade da doença renal. A redução da proteinúria sugere que o jejum pode ter um efeito protetor e regenerativo sobre os rins.

Impacto em Doenças Glomerulares e Doença Renal Crônica

Outro estudo, conduzido pela El Nutra, mostrou que o jejum também pode beneficiar pacientes com doenças glomerulares, que são frequentemente de natureza autoimune. Essas doenças são tradicionalmente tratadas com medicamentos potentes e tóxicos, como prednisona e ciclofosfamida. No entanto, o estudo descobriu que uma dieta que imita o jejum levou a uma redução de cerca de 30% na proteinúria e a uma diminuição significativa nos marcadores de inflamação, como a proteína C-reativa (PCR).

Além disso, os pesquisadores observaram um aumento nas células progenitoras renais, sugerindo que o jejum pode estimular processos regenerativos nos rins. Isso ocorre porque o jejum promove a autofagia, um mecanismo pelo qual o corpo quebra células velhas e danificadas, permitindo a regeneração de tecidos saudáveis.

Doença Renal Policística e Jejum

A doença renal policística (DRP) é uma condição genética na qual os rins desenvolvem milhares de cistos, levando à insuficiência renal ao longo do tempo. Estudos em ratos mostraram que a restrição alimentar (30% a 50% menos comida) praticamente normalizou o tamanho dos rins e manteve a função renal estável. Isso é particularmente impressionante, pois a DRP é uma doença genética causada por mutações no gene PKD.

O jejum parece funcionar ao reduzir os fatores de crescimento, como a insulina e a via mTOR, que estão envolvidos no desenvolvimento dos cistos. Ao diminuir esses sinais de crescimento, o jejum pode retardar a progressão da doença e preservar a função renal.

Como o Jejum Funciona?

O jejum impacta dois sensores de nutrientes principais no corpo: a insulina e a via mTOR. A insulina responde principalmente aos carboidratos, enquanto a mTOR responde às proteínas. Quando você jejua, não consome carboidratos nem proteínas, o que reduz simultaneamente os níveis de insulina e mTOR. Essa redução nos sinais de crescimento é crucial, pois o crescimento excessivo em adultos está associado a cicatrizes, fibrose e doenças crônicas.

Em contraste, dietas com baixo teor de carboidratos podem reduzir a insulina, mas aumentar a mTOR devido ao maior consumo de proteínas. Da mesma forma, dietas vegetarianas podem ter baixo teor de proteínas, mas alto teor de carboidratos, o que pode aumentar a insulina. O jejum, no entanto, permite uma redução equilibrada em ambos os sensores, oferecendo benefícios únicos.

Estudos em Humanos e Perspectivas Futuras

Embora muitos dos estudos iniciais tenham sido realizados em ratos, os pesquisadores já começaram a testar a dieta que imita o jejum em humanos. Um estudo piloto com 13 pacientes mostrou resultados promissores, com redução na proteinúria e nos marcadores inflamatórios. Esses achados sugerem que o jejum pode ser uma abordagem eficaz e não farmacológica para o tratamento de doenças renais.

Conclusão

O jejum tem o potencial de revolucionar o tratamento de doenças renais, desde a doença renal diabética até a doença renal policística. Ao reduzir os sinais de crescimento e promover a autofagia, o jejum pode ajudar a regenerar tecidos renais danificados e retardar a progressão da doença. Embora mais estudos em humanos sejam necessários, os resultados até agora são extremamente encorajadores.

Se você sofre de doença renal ou conhece alguém que sofre, o jejum pode ser uma abordagem complementar que vale a pena explorar, sempre sob a supervisão de um profissional de saúde. Como o Dr. Jason Fung conclui: “O jejum pode desempenhar um papel enorme na redução da doença renal crônica por várias causas.”


Esse artigo destaca os benefícios surpreendentes do jejum para a saúde renal, com base em pesquisas recentes e insights do Dr. Jason Fung. O jejum pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a função renal e a qualidade de vida de pacientes com doenças renais.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

Comentários

Comentários