TOD (Transtorno Opositivo Desafiador): O Que É, Sintomas e Como Lidar

Tempo de leitura: 6 minutos

TOD (Transtorno Opositivo Desafiador): O Que É, Sintomas e Como Tratar

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O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) existe ou é apenas má criação? Essa é uma dúvida comum entre pais, educadores e até profissionais da saúde. Neste artigo, com base na análise do Dr. Rodrigo Silveira, psiquiatra especialista em infância e adolescência, explicamos o que é o TOD, seus sintomas, causas e os melhores tratamentos disponíveis.


O Que É o TOD? Existe Mesmo?

Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é um diagnóstico reconhecido pelo DSM-5 (Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais), caracterizado por:

  • Comportamentos desafiadores (recusa a obedecer regras).

  • Provocações constantes (busca por conflitos).

  • Dificuldade em controlar impulsos.

Porém, como destaca o Dr. Rodrigo Silveira, raramente o TOD aparece de forma isolada. Ele costuma estar associado a outros transtornos, como:

  • TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

  • Autismo.

  • Dificuldades de regulação emocional.

“Ser provocador, por si só, não é um transtorno. O problema surge quando essa característica se combina com impulsividade e raiva intensa.” – Dr. Rodrigo Silveira


Sintomas do TOD: Como Identificar?

Crianças e adolescentes com TOD podem apresentar:
✅ Desobediência constante (ignoram ordens repetidamente).
✅ Ataques de raiva (reagir com agressividade a frustrações).
✅ Dificuldade em aceitar regras (questionam autoridades como pais e professores).
✅ Tendência a culpar os outros (não assumem responsabilidades).

Quando se preocupar? Se esses comportamentos forem frequentes, intensos e causarem prejuízos na escola ou em casa, é importante buscar avaliação profissional.


Causas do TOD: Por Que Algumas Crianças São Mais Desafiadoras?

Segundo o Dr. Rodrigo Silveira, os principais fatores são:

  1. Disfunção no córtex pré-frontal (área do cérebro que controla impulsos).

  2. Neurodiversidade (TDAH e autismo aumentam o risco).

  3. Temperamento mais agressivo (crianças com alta irritabilidade).

  4. Ambiente familiar (pais que reforçam comportamentos negativos sem querer).


Tratamento do TOD: Medicação, Terapia e Coaching Parental

O tratamento eficaz do TOD envolve três pilares:

1. Medicação (Quando Necessário)

  • Psicoestimulantes (para melhorar o controle de impulsos em casos de TDAH).

  • Antipsicóticos (como risperidona, para reduzir agressividade).

2. Terapia Comportamental

  • Treino de habilidades sociais (ensinar a criança a lidar com frustrações).

  • Técnicas de regulação emocional (respiração, pausas estratégicas).

3. Coaching Parental (Fundamental!)

  • Aprender a dar limites sem reforçar comportamentos negativos.

  • Estratégias para evitar brigas constantes.

“Na Inglaterra, estudos mostram que crianças com TOD não tratadas têm maior risco de problemas com a justiça no futuro.” – Dr. Rodrigo Silveira


TOD Pode Virar Transtorno de Conduta na Vida Adulta?

Sim. Se não for tratado na infância, o TOD pode evoluir para:

  • Comportamentos antissociais.

  • Dificuldades em relacionamentos.

  • Risco aumentado de envolvimento com violência.

Por isso, a intervenção precoce é essencial!


Conclusão: O Que Fazer Se Suspeitar de TOD?

  1. Busque avaliação com psiquiatra infantil ou neuropediatra.

  2. Invista em terapia comportamental.

  3. Participe de treinamentos para pais.

🔹 Assista ao vídeo completo do Dr. Rodrigo Silveira aqui.

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No artigo anterior, exploramos o que é o TOD e seus sintomas. Agora, vamos mergulhar em estratégias práticas baseadas na experiência da especialista Andreia Rossi, mãe de uma adolescente com TOD e educadora parental. Este conteúdo complementa o primeiro artigo com dicas reais de manejo comportamental.


1. Entendendo a Criança com TOD

O que se Passa na Mente da Criança?

Crianças com TOD frequentemente:

  • Sentem-se incompreendidas: “Por que todo mundo acha que eu sou ‘mal-comportado’?”

  • Têm dificuldade com regras: Seu cérebro processa limites de forma diferente.

  • Experimentam emoções intensas: Raiva e frustração são avassaladoras para elas.

“Minha filha dizia: ‘Mãe, eu não consigo parar, mesmo sabendo que estou errada’. Isso é o TOD falando.” – Andreia Rossi


2. Estratégias Comprovadas para Lidar com o TOD

A. Comunicação Efetiva

O Que Não Funciona O Que Funciona
Gritar ou ameaçar Frases curtas e claras: “Vejo que você está bravo. Vamos respirar juntos?”
Castigos longos Consequências imediatas e relacionadas à ação (ex: se quebrar algo, ajuda a consertar)
Comparações Validação: “Sei que é difícil, mas vamos tentar de novo”

B. Rotina e Previsibilidade

Crianças com TOD se beneficiam de:

  • Cronogramas visuais (quadros com horários)

  • Avisos de transição: “Em 10 minutos, vamos desligar o videogame”

  • Escolhas limitadas: “Você quer vestir a camisa azul ou a vermelha?”

C. Regulação Emocional

  • Ensine a identificar emoções: Use cartões com carinhas (feliz, triste, bravo)

  • Crie um “cantinho da calma” com objetos sensoriais (massinha, livros)

  • Pratique respiração juntos: “Inspire pelo nariz, conte até 4, solte pela boca”


3. Quando a Situação Sai do Controle

Cenário Comum: A criança se joga no chão no shopping

O Que Fazer:

  1. Mantenha a calma (respire fundo antes de agir)

  2. Retire-a do ambiente se possível (levar para um lugar mais quieto)

  3. Espere a tempestade passar (não tente racionalizar no pico da crise)

  4. Converse depois: “O que você sentiu quando eu disse não ao brinquedo?”

“Eu me trancava no banheiro para não gritar. Aos poucos, aprendi a dizer: ‘Preciso de 5 minutos para me acalmar’.” – Depoimento de Andreia


4. O Papel da Escola

Como Professores Podem Ajudar:

  • Sentar a criança perto da mesa do professor

  • Permitir pausas sensoriais (ex: entregar recados para ela “se mexer”)

  • Usar reforço positivo: “Adorei como você esperou sua vez agora!”

O Que Evitar:

  • Punições públicas (aumentam a vergonha e a oposição)

  • Rotular: “Você sempre é o problema da turma”


5. Tratamento: Além dos Medicamentos

Embora não exista remédio específico para TOD, abordagens multidisciplinares ajudam:

  1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ensina habilidades de regulação

  2. Treino Parental: Pais aprendem técnicas específicas

  3. Atividades Extras: Andreia recomenda escotismo para trabalhar regras sociais

Dica Importante:
“Busque grupos de apoio. Conversar com outras famílias que entendem o TOD faz toda diferença.”


Conclusão: Há Esperança

Lidar com o TOD é desafiador, mas não é uma sentença. Como mostra a história de Andreia:

  • Sua filha hoje, aos 16 anos, reconhece suas emoções e pede desculpas

  • Aprendeu a se afastar quando sente a raiva crescer

  • Consegue participar de atividades sociais com suporte adequado

Próximos Passos:

  1. Assista ao vídeo completo: TOD no Barulho Mental Podcast

  2. Siga @andreiarossi (Instagram) para mais dicas

  3. Compartilhe este artigo com quem precisa entender o TOD

“Me disseram que visitaria minha filha na cadeia. Hoje, ela é minha maior professora sobre resiliência.” – Andreia Rossi

Este artigo complementa nosso guia anterior sobre TOD. Juntos, oferecem teoria e prática para transformar desafios em crescimento.

Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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