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TOD (Transtorno Opositivo Desafiador): O Que É, Sintomas e Como Tratar
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O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) existe ou é apenas má criação? Essa é uma dúvida comum entre pais, educadores e até profissionais da saúde. Neste artigo, com base na análise do Dr. Rodrigo Silveira, psiquiatra especialista em infância e adolescência, explicamos o que é o TOD, seus sintomas, causas e os melhores tratamentos disponíveis.
O Que É o TOD? Existe Mesmo?
O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é um diagnóstico reconhecido pelo DSM-5 (Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais), caracterizado por:
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Comportamentos desafiadores (recusa a obedecer regras).
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Provocações constantes (busca por conflitos).
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Dificuldade em controlar impulsos.
Porém, como destaca o Dr. Rodrigo Silveira, raramente o TOD aparece de forma isolada. Ele costuma estar associado a outros transtornos, como:
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TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
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Autismo.
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Dificuldades de regulação emocional.
“Ser provocador, por si só, não é um transtorno. O problema surge quando essa característica se combina com impulsividade e raiva intensa.” – Dr. Rodrigo Silveira
Sintomas do TOD: Como Identificar?
Crianças e adolescentes com TOD podem apresentar:
✅ Desobediência constante (ignoram ordens repetidamente).
✅ Ataques de raiva (reagir com agressividade a frustrações).
✅ Dificuldade em aceitar regras (questionam autoridades como pais e professores).
✅ Tendência a culpar os outros (não assumem responsabilidades).
Quando se preocupar? Se esses comportamentos forem frequentes, intensos e causarem prejuízos na escola ou em casa, é importante buscar avaliação profissional.
Causas do TOD: Por Que Algumas Crianças São Mais Desafiadoras?
Segundo o Dr. Rodrigo Silveira, os principais fatores são:
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Disfunção no córtex pré-frontal (área do cérebro que controla impulsos).
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Neurodiversidade (TDAH e autismo aumentam o risco).
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Temperamento mais agressivo (crianças com alta irritabilidade).
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Ambiente familiar (pais que reforçam comportamentos negativos sem querer).
Tratamento do TOD: Medicação, Terapia e Coaching Parental
O tratamento eficaz do TOD envolve três pilares:
1. Medicação (Quando Necessário)
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Psicoestimulantes (para melhorar o controle de impulsos em casos de TDAH).
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Antipsicóticos (como risperidona, para reduzir agressividade).
2. Terapia Comportamental
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Treino de habilidades sociais (ensinar a criança a lidar com frustrações).
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Técnicas de regulação emocional (respiração, pausas estratégicas).
3. Coaching Parental (Fundamental!)
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Aprender a dar limites sem reforçar comportamentos negativos.
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Estratégias para evitar brigas constantes.
“Na Inglaterra, estudos mostram que crianças com TOD não tratadas têm maior risco de problemas com a justiça no futuro.” – Dr. Rodrigo Silveira
TOD Pode Virar Transtorno de Conduta na Vida Adulta?
Sim. Se não for tratado na infância, o TOD pode evoluir para:
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Comportamentos antissociais.
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Dificuldades em relacionamentos.
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Risco aumentado de envolvimento com violência.
Por isso, a intervenção precoce é essencial!
Conclusão: O Que Fazer Se Suspeitar de TOD?
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Busque avaliação com psiquiatra infantil ou neuropediatra.
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Invista em terapia comportamental.
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Participe de treinamentos para pais.
🔹 Assista ao vídeo completo do Dr. Rodrigo Silveira aqui.
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No artigo anterior, exploramos o que é o TOD e seus sintomas. Agora, vamos mergulhar em estratégias práticas baseadas na experiência da especialista Andreia Rossi, mãe de uma adolescente com TOD e educadora parental. Este conteúdo complementa o primeiro artigo com dicas reais de manejo comportamental.
1. Entendendo a Criança com TOD
O que se Passa na Mente da Criança?
Crianças com TOD frequentemente:
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Sentem-se incompreendidas: “Por que todo mundo acha que eu sou ‘mal-comportado’?”
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Têm dificuldade com regras: Seu cérebro processa limites de forma diferente.
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Experimentam emoções intensas: Raiva e frustração são avassaladoras para elas.
“Minha filha dizia: ‘Mãe, eu não consigo parar, mesmo sabendo que estou errada’. Isso é o TOD falando.” – Andreia Rossi
2. Estratégias Comprovadas para Lidar com o TOD
A. Comunicação Efetiva
O Que Não Funciona | O Que Funciona |
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Gritar ou ameaçar | Frases curtas e claras: “Vejo que você está bravo. Vamos respirar juntos?” |
Castigos longos | Consequências imediatas e relacionadas à ação (ex: se quebrar algo, ajuda a consertar) |
Comparações | Validação: “Sei que é difícil, mas vamos tentar de novo” |
B. Rotina e Previsibilidade
Crianças com TOD se beneficiam de:
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Cronogramas visuais (quadros com horários)
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Avisos de transição: “Em 10 minutos, vamos desligar o videogame”
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Escolhas limitadas: “Você quer vestir a camisa azul ou a vermelha?”
C. Regulação Emocional
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Ensine a identificar emoções: Use cartões com carinhas (feliz, triste, bravo)
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Crie um “cantinho da calma” com objetos sensoriais (massinha, livros)
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Pratique respiração juntos: “Inspire pelo nariz, conte até 4, solte pela boca”
3. Quando a Situação Sai do Controle
Cenário Comum: A criança se joga no chão no shopping
O Que Fazer:
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Mantenha a calma (respire fundo antes de agir)
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Retire-a do ambiente se possível (levar para um lugar mais quieto)
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Espere a tempestade passar (não tente racionalizar no pico da crise)
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Converse depois: “O que você sentiu quando eu disse não ao brinquedo?”
“Eu me trancava no banheiro para não gritar. Aos poucos, aprendi a dizer: ‘Preciso de 5 minutos para me acalmar’.” – Depoimento de Andreia
4. O Papel da Escola
Como Professores Podem Ajudar:
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Sentar a criança perto da mesa do professor
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Permitir pausas sensoriais (ex: entregar recados para ela “se mexer”)
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Usar reforço positivo: “Adorei como você esperou sua vez agora!”
O Que Evitar:
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Punições públicas (aumentam a vergonha e a oposição)
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Rotular: “Você sempre é o problema da turma”
5. Tratamento: Além dos Medicamentos
Embora não exista remédio específico para TOD, abordagens multidisciplinares ajudam:
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Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ensina habilidades de regulação
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Treino Parental: Pais aprendem técnicas específicas
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Atividades Extras: Andreia recomenda escotismo para trabalhar regras sociais
Dica Importante:
“Busque grupos de apoio. Conversar com outras famílias que entendem o TOD faz toda diferença.”
Conclusão: Há Esperança
Lidar com o TOD é desafiador, mas não é uma sentença. Como mostra a história de Andreia:
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Sua filha hoje, aos 16 anos, reconhece suas emoções e pede desculpas
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Aprendeu a se afastar quando sente a raiva crescer
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Consegue participar de atividades sociais com suporte adequado
Próximos Passos:
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Assista ao vídeo completo: TOD no Barulho Mental Podcast
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Siga @andreiarossi (Instagram) para mais dicas
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“Me disseram que visitaria minha filha na cadeia. Hoje, ela é minha maior professora sobre resiliência.” – Andreia Rossi
Este artigo complementa nosso guia anterior sobre TOD. Juntos, oferecem teoria e prática para transformar desafios em crescimento.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui