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Quanto álcool diabético pode consumir?
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Introdução
Olá a todos, aqui é o Dr. Ahmed Ergin. Sou endocrinologista e hoje vou falar sobre álcool e diabetes. Vamos começar! Antes de começarmos, inscrevam-se no canal, deem um like se gostarem do vídeo e lembrem-se de compartilhar.
É Possível Beber Álcool Sendo Diabético?
Pode-se beber álcool se você tem diabetes? Vou te mostrar como fazer isso corretamente. Se você tem o hábito de beber socialmente, às vezes é aceitável.
Diretrizes para Beber Álcool com Diabetes:
Se você tem diabetes e quer tomar uns drinques com seus amigos, limite-se a dois drinques no total. Se estiver se divertindo muito, pode tomar mais um. Sempre tome a bebida com uma refeição e tente evitar coquetéis com alto teor de carboidratos. Por exemplo, coquetéis com suco de laranja podem aumentar rapidamente o seu nível de açúcar no sangue.
Opções de Bebidas:
Um drinque como Diet Sprite com vodka pode ser uma opção melhor, pois não aumenta tanto o açúcar no sangue. Estudos mostram que beber moderadamente (dois drinques) pode reduzir os níveis de açúcar no sangue em jejum e a resistência à insulina. É tudo uma questão de quanto você está bebendo e como está bebendo.
Efeitos do Álcool no Açúcar no Sangue:
Se você não está consumindo muito açúcar ao beber álcool e está limitando seu consumo a dois drinques, no máximo três drinques, especialmente para mulheres, que têm menos tolerância ao álcool, isso é o ideal. Homens geralmente podem tomar um ou dois drinques a mais, mas o máximo é de dois a três drinques. O álcool pode ajudar na resistência à insulina em um nível baixo, mas ao aumentar o consumo de álcool, chamamos isso de consumo agudo de álcool. Se você beber muito, como 10 a 16 drinques em uma noite, você basicamente estará paralisando seu fígado. O álcool é muito tóxico para o fígado.
Riscos do Consumo Excessivo de Álcool:
Se você não comeu bem e continuou bebendo, o que acontecerá é que na manhã seguinte, pessoas normais usam o fígado para manter a glicose no sistema porque a glicose que vem dos alimentos desaparece em três a quatro horas. Depois disso, você depende do fígado para fornecer glicose do armazenamento. Mas se você está trancando a porta desse armazenamento, mesmo que seu nível de açúcar no sangue esteja caindo, não haverá açúcar saindo do fígado por causa dessa toxicidade aguda. Isso se torna um problema real se você está tomando um medicamento para diabetes ou algo que aumenta seus níveis de insulina, como sulfonilureias (glucoside, gliburide, glucopride) ou se está apenas tomando insulina, como insulina de longa duração.
Considerações Específicas para Diabetes Tipo 1:
Pacientes com diabetes tipo 1 estão em maior risco porque não produzem glucagon, que sinaliza ao fígado para liberar glicose. Pense nisso: se você é diabético tipo 1, está tomando insulina, e a insulina reduz o açúcar que vem do fígado, e o álcool impede o fígado de produzir açúcar. Além disso, você não tem um mensageiro para dizer ao fígado para produzir açúcar. Então você pode entrar em coma hipoglicêmico se beber muito.
Recomendações Finais:
Beber um ou dois drinques não vai necessariamente colocá-lo em coma. Isso é aceitável, mesmo para diabéticos tipo 1. No entanto, se você tende a ter hipoglicemia facilmente, seja muito cuidadoso, mesmo com apenas dois drinques. Monitore constantemente seus níveis de açúcar no sangue.
Monitoramento e Precauções Adicionais:
Se você vai a um bar, começa com um drinque e depois vai para dois, três, quatro, e acaba no hospital, isso é um problema. Se você não tem certeza sobre seu autocontrole e tem diabetes tipo 1, não entre em um bar. Se estiver em um restaurante, peça um copo de vinho, isso é seguro. Outro problema a ser monitorado é a cetoacidose alcoólica. O álcool pode fazer seu corpo começar a desenvolver cetose, o que pode acontecer com diabetes tipo 1 e tipo 2, especialmente com consumo excessivo de álcool. Isso pode definitivamente levá-lo ao hospital. Se você está tomando metformina, deve prestar atenção, pois combinar metformina e consumo excessivo de álcool pode aumentar os riscos de acidose metabólica ou cetoacidose.
Conclusão:
Evite beber excessivamente. Limite-se a um ou dois drinques se decidir beber.
piVocê pode beber álcool se você tem diabetes ou pré-diabetes? E qual é o melhor momento, a quantidade e o tipo de álcool (e quais devem ser evitados)? Porque você deve imaginar que nem todas as bebidas alcoólicas são as mesmas quando se trata de diabetes. Bom, esse é o assunto do vídeo de hoje: você pode beber álcool se você for diabético e quais são os riscos para quem tem problema de resistência à insulina, pré-diabetes ou diabetes. Então fique ligado! Mas antes, curta o vídeo, inscreva-se no canal se você não for inscrito, para não perder nossas dicas de saúde e divulgue este vídeo para o maior número de pessoas possível, por WhatsApp, Facebook e Telegram. Vamos pegar informação de qualidade para a maioria de pessoas. Então compartilhe aí! E me diga, você tem diabetes ou pré-diabetes? Quer beber alguma coisa, mas sente medo por causa de seu açúcar no sangue? De que parte do Brasil você é? Anote aí. Vamos!
Considerações sobre Consumo de Álcool: Quem tem pré-diabetes ou diabetes tipo 2 geralmente tem que cortar alimentos e bebidas que podem afetar os níveis de açúcar no sangue. Mas o álcool tem que ser uma dessas bebidas que você deve evitar? Não exatamente. No entanto, as pessoas com diabetes precisam ter cuidado extra com o álcool. Muitos diabéticos podem consumir bebidas alcoólicas com segurança, desde que seja com moderação. E acredite ou não, pode até trazer alguns benefícios. E eu vou falar sobre eles.
Processamento de Álcool pelo Corpo: Como seu corpo processa o álcool? Você sabe? Vamos imaginar que você tomou uma cerveja. A cerveja vai cair no seu estômago. Agora o próximo passo depende do que está dentro, se houver comida ou se tiver estômago vazio. Se você comeu antes, o piloro, que é a última parte do estômago e atua como uma válvula, será fechado para que os alimentos que você comeu possam ser digeridos antes de passar ao intestino. É por isso que quando você bebe com o estômago cheio, você não sentirá os efeitos do álcool tão rapidamente. Porque o álcool vai ficar preso no estômago com o resto da comida. E o estômago tem uma superfície menor do que o intestino, e será absorvido mais lentamente. Agora se você está jejuando, o piloro estará aberto – a porta estará aberta, e a cerveja vai direto para o intestino delgado, onde tem uma superfície muito maior e o álcool será absorvido rapidamente – caindo no fluxo sanguíneo. E qual é o órgão que limpa o sangue? O fígado! É ele que vai metabolizar o álcool. E é aí que começa o problema para quem tem diabetes.
Problemas no Fígado: O fígado não serve apenas para metabolizar toxinas, mas também armazena glicogênio. Quando os níveis de açúcar no sangue caem demais, o fígado converte glicogênio em glicose e traz os níveis de açúcar de volta ao normal. Enquanto o fígado está lidando com o álcool, ele não pode converter glicogênio em glicose, então pode causar hipoglicemia. E aí está um dos motivos pelos quais, no pronto-socorro, quem abusou do álcool recebe glicose na veia. Ah, então o álcool pode causar hipoglicemia? Sim! Mas também pode causar hiperglicemia, que é o aumento dos níveis de açúcar no sangue.
Riscos do Consumo Prolongado de Álcool: O uso regular e prolongado de álcool aumenta a resistência à insulina e a obesidade (especialmente a pior de todas, a abdominal). Por quê? Todo álcool tem cerca de 7 calorias por grama, então mais do que carboidratos (4 calorias por grama) e um pouco menos que a gordura (9 calorias por grama). E quando o fígado metaboliza o álcool, ele se converterá em gordura. E ambos os fatores aumentam os níveis de açúcar no sangue. Exatamente por isso aconselhamos você a usar álcool em pequenas quantidades, ou mesmo evitar álcool para diabéticos ou pré-diabetes – porque pode ficar fora de controle no sangue.
Benefícios do Vinho Tinto: Assim, os riscos de beber álcool superam algum benefício? Não exatamente, especialmente vinho tinto e durante o jantar. Mas, você não deve exceder 150ml – e sabemos que os copos estão aumentando de tamanho. Beber vinho no jantar pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2. Isso é o que uma pesquisa preliminar mostrou, apresentada na Conferência de Saúde Cardiometabólica de 2022 da American Heart Association. Eu pessoalmente não bebo álcool. Nem vinho tinto, nem cerveja, nem qualquer outra coisa, porque eu sei que o álcool pode ser deletério. Estudos anteriores se concentraram em quanto as pessoas bebem e têm resultados diferentes. Neste estudo, os pesquisadores se concentraram no vinho tinto para o jantar. Os pesquisadores usaram dados de mais de 312.000 adultos que se declararam bebedores regulares de álcool e acompanharam esses participantes por 11 anos. Nesse período, cerca de 9.000 pessoas desenvolveram diabetes tipo 2. A análise dos dados descobriu que o vinho nas refeições foi associado a um risco 14% menor de diabetes tipo 2 do que beber sem comida. Esse benefício estava ligado ao consumo de vinho versus outros tipos de álcool. Então quem sabe, se você beber no máximo 150ml de vinho ao jantar, pode diminuir o seu risco de se tornar diabético. Quem sabe. Porque eu vejo um problema nesse estudo – o consumo de álcool foi auto-relatado e sabemos que isso não é muito confiável. Além disso, correlação não significa causa.
Benefícios do Vinho Tinto: Mas quais são os possíveis benefícios do vinho tinto? Alguns dados sugerem que o vinho tinto pode ser bom para quem tem pré-diabetes ou diabetes. Enfatizo novamente – não mais que 1 taça por dia. Pesquisas anteriores sugerem que as pessoas que têm diabetes tipo 2 e bebem uma quantidade moderada de vinho têm menor mortalidade. E a dieta mediterrânea está aí, votada ano após ano como a melhor dieta do mundo (e eles sugerem vinho tinto com as refeições). Então, quem sabe, o vinho tinto pode ser um marcador para uma alimentação saudável. Ou, quem sabe, quem bebe com moderação relaxa um pouco e tem menos estresse. Ou talvez pelas propriedades do vinho que ajudam no diabetes. Há estudos que mostram que beber vinho tinto pode melhorar a resistência à insulina em vez de piorar, como na grande maioria dos outros tipos de bebidas alcoólicas.
Pesquisas: Outros benefícios para a saúde – para ambas as pessoas com diabetes e a população em geral – devido ao seu alto teor de antioxidantes, especialmente resveratrol, podem melhorar os marcadores de doenças cardíacas como fibrinogênio e proteína C-reativa e reduzir o risco de complicações relacionadas à diabetes, como a retinopatia diabética, que danifica os vasos sanguíneos nos olhos, além de melhorar o colesterol bom, HDL. E com uma refeição pode ser mais benéfico, justamente pelo piloro fechado, o que faz você absorver o álcool mais lentamente.
Piores Bebidas Alcoólicas para Diabéticos: Quais são as 6 piores bebidas alcoólicas para quem tem diabetes?
- Coquetéis – geralmente são muito ricos em açúcares de leite condensado. Portanto, tente evitá-los, a menos que você mesmo os faça.
- Margaritas, piña coladas e caipirinhas – todos eles têm muitos carboidratos, então o diabético deve evitar.
- Vinhos doces – porto, xerez, vermute – também são ricos em carboidratos e melhor serem evitados.
- Licores cremosos, como o Bailey’s Irish Cream, Amarula. Muito ricos em carboidratos.
Cerveja e Vinho Branco: E agora você deve estar se perguntando: e cerveja, pode? Beber não mais do que 2 latas por dia está perfeitamente seguro para a maioria das pessoas com diabetes. Mas a cerveja tem muito carboidrato, engorda principalmente a barriga. E vinho branco? O vinho branco não tem resveratrol – então não traria os mesmos benefícios que o vinho tinto, além de uma pesquisa indicar que o vinho branco pode aumentar o risco de melanoma.
Destilados: E os destilados? Geralmente são mais fortes e com alto teor alcoólico – vodka, whisky, cachaça, tequila, rum. Geralmente não têm carboidratos e calorias vêm apenas do álcool. Por esse lado, são melhores que cerveja ou bebidas alcoólicas açucaradas, mas você deve prestar atenção à hipoglicemia. Importante: coma cedo para evitar beber com o estômago vazio. Beba água para evitar a desidratação. Evite beber se a glicemia estiver baixa. Monitore seu açúcar no sangue regularmente antes, durante e depois de beber. E preste atenção se você tomar algum remédio, pois o álcool pode interferir com ele, cortando o efeito ou aumentando o efeito. Limite é a palavra-chave: se você é diabético, você não pode exagerar com álcool.
Impactos Negativos do Excesso de Álcool: Sabe-se que o excesso de álcool pode resultar em problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, físicos — aumenta o risco de cirrose, fígado gorduroso, úlcera, câncer, distúrbios neurológicos, como déficits sensoriais – neuropatia alcoólica, tremores, convulsões, delirium tremens, demência, osteoporose, aumenta o risco de acidentes, acaba com as famílias… a lista é longa.
Conclusão Pessoal: Então: eu mudaria minha visão sobre o álcool, sabendo que o vinho tinto pode reduzir meu risco de ter diabetes? Nem um pouco. Continuarei a evitar o álcool, incluindo o vinho tinto. E você também não deve mudar. Se você tem baixo risco de diabetes e não está bebendo, não adianta começar a beber. Se você for diabético e não beber, não deve começar. Isso não deveria ser uma desculpa. Existem outras maneiras de prevenir o diabetes. Em nosso canal temos inúmeros vídeos falando sobre como prevenir e até reverter o diabetes.
Dicas Rápidas para Prevenção de Diabetes: Vou dar 10 dicas que acho importantes muito rapidamente, mas vale a pena você assistir nossos outros vídeos de diabetes.
- Durma Bem: Uma noite de sono ruim aumenta o cortisol, você come errado, você vai querer comer mais açúcar, mais bobagem para ter mais energia, você terá mais fome, sua resistência à insulina piora. Já falei no outro vídeo: dormir mal é uma bomba diabética! Durma entre 7 e 9 horas por noite, com o mínimo de ruído e luz possível.
- Mantenha-se Hidratado: Aqueles que têm diabetes correm maior risco de desidratação. Beber bastante água pode ajudá-lo a manter seus níveis de açúcar no sangue mais controlados.
- Coma Mais Fibra: A fibra retarda a absorção de carboidratos, evitando o pico de glicose no sangue. Especialmente a fibra solúvel – que está no feijão e maçã.
- Melhore sua Flora Intestinal: Comendo alimentos ricos em prebióticos – alho, cebola, aspargos, fibras… e probióticos como iogurte, kefir, chucrute e kimchi, pois reduz a inflamação e a resistência à insulina.
- Fique de Olho nos seus Níveis de Açúcar no Sangue: Nem a hipoglicemia nem a hiperglicemia são bons para você.
- Coma Alimentos que Contenham Magnésio e Cromo: Alimentos ricos em magnésio incluem folhas verdes escuras, como espinafre e couve, sementes de abóbora, sementes de girassol, batata doce, amêndoas, castanha de caju, grãos integrais, lentilhas e feijão, abacate e banana. Para o cromo: grãos integrais, frutas como maçãs e bananas, brócolis, alface, batatas e feijão, nozes.
- Reduza o Estresse na sua Vida: Altos níveis de hormônios do estresse — cortisol, adrenalina — impedem o seu pâncreas de funcionar corretamente.
- Faça Exercício Físico: Pelo menos 150 minutos por semana. Atividade física pode ajudá-lo a perder peso, além de reduzir o estresse e aumentar a sensibilidade à insulina. O aumento da sensibilidade à insulina significa que suas células podem usar melhor seu açúcar no sangue.
- Reduza os Carboidratos na sua Dieta: Muitos estudos mostram que uma dieta Low Carb ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue e evitar picos de glicose. Uma dieta baixa em carboidratos pode ser benéfica para você, mas não deve ser extrema. Não corte carboidratos que são bons para você, como frutas e legumes.
- Perder peso! A obesidade é o principal fator de risco no desenvolvimento de diabetes tipo 2. A gordura, especialmente a gordura visceral, aumenta a resistência à insulina e a inflamação, e com o tempo, o pâncreas não pode mais produzir insulina suficiente e pode falir. É por isso que perder peso é tão importante para um diabético.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui