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Bem-vindos ao Huberman Lab Podcast, onde exploramos a ciência e ferramentas baseadas em evidências para a vida cotidiana. Eu sou Andrew Huberman, professor de Neurobiologia e Oftalmologia na Escola de Medicina da Universidade de Stanford. Este podcast é independente do meu ensino e pesquisa na Stanford, mas faz parte do meu esforço para trazer informações científicas de alta qualidade ao público em geral, sem custo.
Neste episódio, vamos mergulhar no tema das emoções, começando com uma discussão sobre o estresse. O estresse é frequentemente visto como algo negativo, mas ele desempenha um papel crucial em nossas vidas. Vamos explorar o que é o estresse, como ele funciona, e como podemos controlá-lo para melhorar nosso bem-estar emocional.
O Que é Estresse?
O estresse é uma resposta fisiológica e psicológica a eventos ou situações que percebemos como desafiadores ou ameaçadores. Ele pode ser causado por fatores físicos, como frio extremo, ou psicológicos, como a pressão de um prazo no trabalho. O estresse é uma resposta genérica do corpo, projetada para nos ajudar a lidar com uma variedade de situações, desde ataques de predadores até desafios emocionais.
A Resposta ao Estresse
Quando enfrentamos um estressor, nosso corpo ativa o sistema nervoso simpático, que libera adrenalina (ou epinefrina) e noradrenalina. Esses hormônios preparam o corpo para a ação, aumentando a frequência cardíaca, dilatando as pupilas e redirecionando o fluxo sanguíneo para os músculos. Essa resposta é essencial para situações de “luta ou fuga”, mas quando ativada de forma crônica, pode levar a problemas de saúde.
Ferramentas para Controlar o Estresse
Uma das ferramentas mais eficazes para controlar o estresse em tempo real é o suspiro fisiológico. Essa técnica envolve uma inalação dupla seguida de uma expiração longa. O suspiro fisiológico ajuda a reinflar os alvéolos pulmonares, que podem colapsar durante o estresse, e a reduzir os níveis de dióxido de carbono no sangue, promovendo uma sensação de calma.
Outra técnica é a respiração com ênfase na expiração, que ajuda a diminuir a frequência cardíaca e a ativar o sistema nervoso parassimpático, responsável pelo relaxamento. Essas técnicas são particularmente úteis porque podem ser aplicadas em tempo real, sem a necessidade de práticas prolongadas de meditação ou relaxamento.
Estresse Agudo vs. Crônico
O estresse pode ser categorizado em três escalas de tempo: curto prazo, médio prazo e longo prazo. O estresse agudo (curto prazo) pode ser benéfico, pois aumenta a atenção, a cognição e a resposta imunológica. Por exemplo, o estresse agudo pode ajudar a combater infecções e a cicatrizar feridas mais rapidamente.
No entanto, o estresse crônico (longo prazo) é prejudicial. Ele pode levar a problemas de saúde como doenças cardíacas, depressão e comprometimento do sistema imunológico. A chave é aprender a desligar a resposta ao estresse quando ela não é mais necessária, garantindo que nosso corpo tenha tempo para se recuperar.
Conexão Social e Estresse
A conexão social é uma das ferramentas mais poderosas para mitigar os efeitos do estresse a longo prazo. Interações sociais positivas liberam serotonina, um neurotransmissor associado ao bem-estar. Além disso, a conexão social reduz a produção de Taqui Kinina, uma molécula associada ao medo e à paranoia, que pode ser prejudicial quando em níveis elevados.
Suplementos para o Controle do Estresse
Além das técnicas comportamentais, alguns suplementos podem ajudar a controlar o estresse. A ashwagandha é conhecida por reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. A L-teanina, encontrada no chá verde, pode promover relaxamento sem causar sonolência. No entanto, é importante consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação.
Emoções e Estresse
As emoções são complexas e envolvem a interação entre nosso estado interno e as demandas externas. Quando nosso estado interno (calmo ou alerta) está alinhado com as demandas do ambiente, tendemos a nos sentir bem. Quando há um desalinhamento, como estar estressado quando precisamos relaxar, ou cansado quando precisamos estar alertas, tendemos a nos sentir mal.
Conclusão
O estresse não é inerentemente ruim. Ele é uma ferramenta poderosa que pode nos ajudar a enfrentar desafios, mas precisa ser gerenciado de forma eficaz. Ao entender a biologia do estresse e utilizar técnicas como o suspiro fisiológico, a respiração controlada e a conexão social, podemos melhorar nossa capacidade de lidar com as demandas da vida e promover um maior bem-estar emocional.
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Obrigado por se interessar pela ciência e por se juntar a mim nesta jornada de aprendizado e autoconhecimento. Até o próximo episódio!
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