Ansiedade é o transtorno mais comum entre os brasileiros; sintomas pioraram na pandemia

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E como anda a sua cabeça nos últimos tempos? Será que você tem dormido mal, vive estressado, preocupado com o futuro a ponto disso atrapalhar sua qualidade de vida?

Isso tem nome: ansiedade e nenhum outro país do planeta sofre mais de ansiedade do que o nosso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde somos quase 19 milhões de brasileiros com essa doença que só piorou na pandemia mas que felizmente tem tratamento.

Primeiro passo é prestar atenção em você.

É a hora de dormir e o seu dia transcorreu normalmente. Ao deitar virar a cabeça no travesseiro a sensação deveria ser esta. Não há motivo nenhum para grandes preocupações.

Mas você que não tem nada abre o olho no meio da madrugada,  o coração dispara, vem um medo de algo pior, fuminante.

Os sintomas são intensos e reais mas na hora do exame não estão mais lá. Essa dificuldade em descobrir o que está realmente acontecendo atrasa a busca por tratamento e o problema só cresce.

Desde 2017 nosso país tem os maiores índices e pessoas com transtornos de ansiedade em todo mundo. Geram quase 19 milhões de brasileiros com a qualidade de vida comprometida. E aí veio o coronavírus.

Nós temos uma população adormecida e o período da pandemia agravou e isso para todos. O ritual constante de limpeza e assepsia, o isolamento social, o medo do contágio e as mortes crescentes formaram uma combinação explosiva. Para desencadear transtornos mentais e piorar a situação de quem já sofreu com eles.

O Ministério da saúde vem conduzindo uma pesquisa para avaliar a saúde mental dos brasileiros. A primeira etapa foi realizada nos meses de abril e maio. Mais de 17 mil pessoas em é isso participaram do estúdio o resultado mais alarmante: 86,5 por cento dos entrevistados estavam enquadrados em algum tipo de ansiedade patológica.

E aí a gente precisa pensar que a pandemia ela já nos encontrou em situações muito difíceis e então a gente já tinha uma recessão que a anterior com pandemia, a gente teve pessoas que perderam familiares com os covid, nós tivemos pessoas que perderam o trabalho, ficaram desempregados, com família pra sustentar.

Então são muitos fatores, não só os fatores biológicos que nós sabemos que são fundamentais.

Todo mundo sabe o que é estar ansioso. a ansiedade normal costuma acontecer de eventos importantes: uma prova difícil, uma entrevista de emprego, uma viagem. Em nosso cérebro há circuitos de neurônios e dão ordens para disparar substâncias químicas. A adrenalina é exemplo, para que nós fiquemos em estado de alerta, preparados para enfrentar a situação adversa.

Esse circuito de ansiedade se conecta com outras regiões no tronco cerebral e aí nós temos as áreas responsáveis pela taquicardia, pela respiração ofegante, pelos suores que a gente fica nas mãos quando a gente tem ansiedade.

A ansiedade vira patológica quando esse sistema é ativado de forma frequente, intensa e desproporcional, inclusive em ocasiões banais.

Meire tem 51 anos e já criou seus dois filhos, é muito dedicada ao trabalho como recepcionista e apaixonada pelo namorado, o Anderson. Brincalhona e divertida, Meire convive há décadas com uma inimiga invisível e cada vez mais invasiva.

Existem vários tipos de ansiedade. A ansiedade mais comum é que a gente chama de ansiedade generalizada. São aquelas pessoas que se dizem estressadas. A ansiedade generalizada transforma qualquer novidade num abismo de preocupações.

Elas ficam preocupadas com as possibilidades negativas. Então, por exemplo, eu convido você para viajar e estou muito feliz com a viagem mas você já fica preocupado: “será que vai dar certo? O avião vai atrasar? Eu vou conseguir chegar na hora certa no aeroporto?”

Quando a pandemia parecia dar uma trégua, os amigos da Meire marcaram uma pizza, mas pra ela até uma diversão vira problema e não por causa do coronavírus.

Neste mesmo dia na hora do almoço ela teve uma crise dentro do supermercado. A gota d’água foi por um punhado de ovos.

Ela ficou desesperada porque ela quer fazer as coisas muito rápido, ela quer já agilizar, comprar, fazer o pedido para as pessoas, fazer algumas coisas e tem tempo para isso.

Entre os transtornos mentais a ansiedade e a terceira principal causa de afastamento do trabalho no Brasil. Luiz já estava de licença quando a pandemia começou, já estava afastado desde outubro.

Aí o médico com quem estava fazendo tratamento pediu a prorrogação para continuar o tratamento, que ele falou que seria no mínimo de um ano e marcou a perícia para o dia primeiro de abril.

Só que como entrou a pandemia ele ligou para o médico falando que não teria perícia. Sem perícia presencial o segurado não pode receber o benefício. As agências do INSS fecharam em março e abertura já foi adiada três vezes. Ele recebei até até Julho e depois cortaram o benefício e alegaram que já tinha que ter ido trabalhar.

Tipos de transtornos de ansiedade
Conhecer os transtornos de ansiedade é vital, principalmente quando afetam parentes imediatos ou amigos chegados. Veja cinco tipos desses transtornos.
Síndrome do pânico Isabella, mencionada na introdução deste artigo, diz que não são apenas os ataques de ansiedade que a debilitam. “No intervalo entre eles, fico com muito medo, imaginando que estou prestes a ter outro ataque”, comenta ela. Por causa disso, portadores dessa síndrome tendem a evitar lugares em que já tiveram um ataque. Alguns são tão afetados que acabam se confinando em casa ou só saem acompanhados de alguém em quem confiam. Isabella explica: “Só o fato de estar sozinha já é suficiente para eu ter um ataque. Minha mãe me dá segurança; perco o controle se ela não estiver por perto.”
Transtorno obsessivo-compulsivo Uma pessoa obcecada por limpeza pode desenvolver uma compulsão para lavar repetidamente as mãos. Renan diz o seguinte sobre uma compulsão similar: “Minha mente fica em constante confusão enquanto fico pensando nos meus erros passados, analisando-os de todos os ângulos possíveis.” Isso resulta numa obsessão por confessar erros passados. Renan precisa de ajuda contínua para reforçar sua autoestima. Mas ele tem tido bons resultados com o uso de remédios.
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) Recentemente, esse termo tem sido usado para descrever uma série de sintomas psicológicos que as pessoas sentem após um acontecimento muito traumático envolvendo danos físicos ou a ameaça deles. Alguns portadores de TEPT se assustam com facilidade, ficam irritados, se tornam emocionalmente apáticos, perdem interesse em coisas que já gostaram e acham difícil demonstrar afeição — em especial por pessoas a quem eram chegados. Alguns ficam agressivos e até violentos, e tendem a evitar situações que os lembram do trauma original.
Fobia social, ou transtorno da ansiedade social Esse é um termo usado para identificar pessoas que são excessivamente ansiosas e tímidas em situações sociais do cotidiano. Alguns portadores têm um medo intenso e persistente de ser observados e julgados por outros. Talvez fiquem preocupados por dias ou semanas antes de comparecerem a um evento. O medo deles pode ficar tão forte que chega a interferir no trabalho, na escola ou em outras atividades comuns, além de tornar difícil fazer e manter amigos.
Transtorno de ansiedade generalizada Monica, já mencionada, tem esse problema. Ela passa o dia cheia de “preocupações exageradas”, mesmo que os motivos sejam pequenos ou inexistentes. Esse transtorno leva as pessoas a sofrer por antecipação e a ficar excessivamente preocupadas com a saúde, dinheiro, problemas familiares e dificuldades no trabalho. Elas podem ficar ansiosas só de pensar em enfrentar um novo dia.

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